A minha marcha para o mar (Ahmedabad, Índia / 2018)
Fazer esta marcha do sal me aproximou de humanidade, serviu como um bálsamo para a minha alma. Me permitiu andar, respeitar o ritmo natural das coisas e aquietou minha mente. Por fim, me fez decidir por viver um longo período gandhiano em minha vida, impondo-me restrições de dieta e assumindo comportamentos que privilegiem a verdade, a paz e o amor universal. Nunca perdi nada com isso. E o meu benefício em elevação espiritual foi de valor incalculável para a minha vida. Religioso que não sou, aproximei-me de minha espiritualidade. Eis um ensinamento de Gandhi, atingir os propósitos mais nobres do espírito humano sem necessitar de nada externo. Cada indivíduo é uma força infinita. Este projeto me permitiu ir às fronteiras das minhas possibilidades. “Somos todos farinha do mesmo saco, filhos do mesmo Criador e portanto os poderes divinos em nós são infinitos. Menosprezar um único ser humano é menosprezar aqueles poderes e assim prejudicar não apenas aquele ser, mas também o mundo inteiro” ele escreveu em sua autobiografia.